Lilingss - Industrial Design Student
"Não devemos ter medo de inventar seja o que for. Tudo o que existe em nós existe também na natureza, pois fazemos parte dela." Pablo Picasso
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Semiótica
Segundo a leitura do texto “A imagem sensível”, para se ter um conhecimento implícito de algo, de um signo (algo que representa algo para alguém) é preciso passar por essas 3 categorias criadas por Pierce (semiótica):
A Primeiridade refere-se a tudo que está presente à consciência naquele instante. Refere-se a todo aspecto de qualidade que vivenciar tal experiência. O primeiro é espontâneo e imediato, original e livre. Primeiridade é a compreensão superficial de um texto (uma foto pode ser lida por exemplo) .
A secundidade é a reflexão envolvida nesse processo. É quando a pessoa lê com profundidade e compreensão o seu conteúdo. O observador faz uma compração com experiências e situações vividas por ele.
A terceiridade é a reflexão que você fará (pode ser uma ação, uma reflexão etc). É o pensamento em signos, a qual representamos e interpretamos..
Cartazes
Tirei o feriado de 7 de setembro para pesquisar entre outras coisas, os cartazes. Achei muitas coisas legais entre cartazes e textos. Selecionei então alguns que gostaria de postar no blog.
- Definir tema, slogam e imagem: lembre-se, use frases curtas. Utilize imagens sugestivas que
se relacione com o tema;
-Deixar espaços vazios: eles são importantes para que a imagem e o texto chamem atenção;
-O espaço ocupado pela imagem deve ser maior que o do texto;
-Utilize cores vivas no cartaz;
-Fontes legíveis: Vale ser criativo na escolha da fonte e fungir do convencional, desde que
sejam de fácil visualização;
-Se o texto for feito à mão, ou com letras recortadas de jornal, escolha aquelas que sejam
mais fáceis de ler;
Esse outro cartaz também me chamou a atenção pela simplicidade e ao mesmo tempo a riqueza de informações. Foi criado para um concurso de cartazes e a inspiração do criador, surgiu através do quebra-cabeça milenar japonês Tangram.
Fonte da imagem:
http://ouissoouaquino.spaceblog.com.br/248591/Concurso-de-Cartazes-Revela-Design-2008/
Para começar, selecionei alguns cartazes da exposição Cartazes Músicais de Kiko Farkas ocorrida em 2010 em São Paulo.
O curioso é Ambas seguem a Teoria da Gestalt, na imagem da direita a lei do fechamento é evidenciada quanto que na imagem da esquerda, é pictórica e utiliza a teoria da proximidade.
Imagens:
Dicas
No Site http://www.graficavia7.com.br/dicas-criacao-de-cartazes/ , encontrei algumas dicas para criação de cartazes:
se relacione com o tema;
-Deixar espaços vazios: eles são importantes para que a imagem e o texto chamem atenção;
-O espaço ocupado pela imagem deve ser maior que o do texto;
-Utilize cores vivas no cartaz;
-Fontes legíveis: Vale ser criativo na escolha da fonte e fungir do convencional, desde que
sejam de fácil visualização;
-Se o texto for feito à mão, ou com letras recortadas de jornal, escolha aquelas que sejam
mais fáceis de ler;
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Fonte da imagem:
http://ouissoouaquino.spaceblog.com.br/248591/Concurso-de-Cartazes-Revela-Design-2008/
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Outro cartaz que é simples e rico ao mesmo tempo. Sem contar que a Teoria da Gestalt está presente na lei do fechamento e semelhança.Linguagem Visual
A linguagem visual leva a algum entendimento usando símbolos gráficos para gerar um sentimento ou uma idéia na cabeça de quem visualiza a imagem em questão.
Ao compor uma peça de comunicação visual, o designer ou artista estrutura o sentir e o pensar. Na tarefa estão presentes o conhecimento dos elementos visuais como representação de idéias e a organização e a ordenação de tais elementos em uma composição compreensível e, antes de mais nada, LEGÍVEL.
A paixão pela leitura
Quanto mais abstrata a linguagem, mais dificilmente será compreendida com o mesmo significado para um número grande de espectadores, por que cada um tem o seu repertório mental de signos e significados. A linguagem visual é vista por estudiosos como necessária para a formação das pessoas e sua socialização.
"Jogo lúdico da dimensão ótica das formas geométricas, saltam da tela em cores e múltiplos formatos em uma ilusão de tridimensionalidade".
Fontes
Texto:
http://www.linguagemvisual.com.br/
Imagens:
http://www.colaborativo.org/blog/2007/11/26/design-instrucional-estudo-cientifico-sobre-o-significado-dos-graficos/
http://raquelcrusoe.blogspot.com/2009/11/o-jogo-ludico-da-dimensao-otica-em-uma.html
Por: Raquel Crusoé - Professora de Música e Artes
A comunicação visual é formada por várias categorias de expressão, que vão desde o desenho a lápis no papel branco até o filme com as técnicas mais avançadas alcançadas pelo cinema. Para esta comunicação ser elaborada, utiliza-se da linguagem visual constituída por diversos elementos gráficos, como o ponto, a linha, a forma, a cor, o espaço (2D ou 3D), o equiíbrio, relação entre luz e sombra, tipo de superfície, etc.
Fontes
Texto:
http://www.linguagemvisual.com.br/
Imagens:
http://www.colaborativo.org/blog/2007/11/26/design-instrucional-estudo-cientifico-sobre-o-significado-dos-graficos/
http://raquelcrusoe.blogspot.com/2009/11/o-jogo-ludico-da-dimensao-otica-em-uma.html
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Gestalt
De origem germanica, a Gestalt é uma teoria da psicologia que possibilitou o estudo da persepção, da forma. Segundo essa teoria, o cérebro é um sistema dinâmico em que se produz uma interação entre elementos, sendo assim, tem tendências auto-organizacionais dos estímulos recebidos pelos sentidos
Embora esse movimento tenha sido fundado por Max Wertheimer, Kurt Koffka e Wolfgang
Kohler, que desenvolveram as Leis da Gestalt, válidas até os dias de hoje, o conceito de Gestalt foi primeiro introduzido na filosofia e psicologia contemporânea por Christian von Ehrenfels. Para Ehrenfels há duas características da forma – as sensíveis, inerentes ao objeto, e a formais, que incluem as nossas impressões sobre a matéria, que se impregna de nossos ideais e de nossas visões de mundo. A união destas sensações gera a percepção.
Esta doutrina trás a concepção de que não se pode conhecer o todo através das partes e sim as partes por meio do conjunto, só assim o cérebro percebe, interpreta e incorpora uma imagem ou uma idéia.
Leis da Gestalt
Lei da semelhança
Lei da Proximidade
Partes mais próximas umas das outras,em um certo local, inclinam-se a ser vistas como um grupo.
Lei da Continuidade
Alinhamento harmônico das formas.Essa lei dita que pontos que estão conectados por uma linha reta ou curva, são vistos de uma maneira a seguirem um caminho mais suave. Em vez de ver linhas e ângulos separados, linhas são vistas como uma só.
Lei da Pregnância
Este é o postulado da simplicidade natural da percepção, para melhor assimilação da imagem. É praticamente a lei mais importante.
Lei do Fechamento
Esta lei está relacionada ao atomismo, pensamento anterior ao Gestalt. Se conhecermos anteriormente determinada forma, com certeza a compreenderemos melhor, por meio de associações do aqui e agora com uma vivência anterior.
Fontes:
Texto
http://www.infoescola.com/psicologia/gestalt/
Imagem
http://design.blog.br/design-grafico/o-que-e-gestalt
http://robertagrijo.blogspot.com/2011/02/imagens-de-gestalt-o-que-estao-vendo.html
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
A Cor Como Informação
Análise do livro A cor como informação de Luciano Gmuimarães
Luciano Guimarães é professor de Planejamento Gráfico em Jornalismo da Universidade Federal Paulista (Unesp) e mestre e doutorando em comunicação e semiótica na PUC de São Paulo, onde desenvolveu a dissertação de mestrado 'Cor, Corpo e Cultura: interferência biofísica na percepção cultural', do qual é conseqüência o livro 'A Cor como Informação'.
No livro, Luciano começa seu estudo buscando as raízes históricas profundas, físicas e fisiológica de cada cor, abordando também a importância da cor como linguagem, componente de uma pragmática da comunicação.
No mundo antigo, grandes filósofos já iniciaram profundos estudos das cores. No início do século V a.C já encontravam-se as primeiras referências sobre elas. No século XVIII surge o primeiro estudo interdisciplinar da cor de Goethe, intitulado A Doutrina das cores. Esta obra fora divida em quatro partes, cada parte chamada por Goethe de: estudo das ‘cores fisiológicas’, ‘cores físicas’, ‘cores químicas’ e ‘cores psicológicas’ ou estudos da ‘atuação das cores na alma’ cada parte foi analisado os princípios cromático sob uma determinada perspectiva. Entre os séculos XIX e XX apareceram outras tantas teorias sobre a percepção das cores, além de outras contribuições como as da Gestalt de Max Wertheimer, Wolfgang Köhler e Kurt Koffka e a cor e a sicronicidade dos sentidos de Sergei Eisenstein.
Após analisar historicamente as cores, Luciano “percebeu que as cores se tornaram uma grande alavanca dos meios de comunicação no século que findou e continuarão sendo, também no futuro o grande fator de apelo nas mensagens imagéticas.” e notou também a ausência de um estudo específico da cor como informação. Iniciou então uma pesquisa sobre a construção simbólica universal da cor, de modo a contribuir na aplicação consciente da linguagem visual.
O livro possui seis capítulos indicado nas cores do espectro solar (violeta, azul, verde, amarelo, laranja e vermelho) onde cada um aborda sobre formas de percepção e a utilização das cores como informação cultural epara a expressão simbólica na comunicação humana, passando pela origem de sua nomenclatura à recepção física e neurológica das cores e suas influências. Nele, é introduzido alguns problemas na utilização das cores no atual universo midiático. Sem dúvida, é um livro de importante referência para o uso do fenômeno cromático.
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Marcas pesquisadas e publico jovem
"...as cores se tornaram uma grande alavanca dos meios de comunicação no século que findou e continuarão sendo, também no futuro o grande fator de apelo nas mensagens imagéticas." - A cor como informação - Luciano Guimarães
MARCAS, CORES E JOVENS
MARCAS, CORES E JOVENS
Os jovens captam diversos tipos de informações ao mesmo tempo, gostam de se sentir importantes ou úteis para alguma coisa, isso os ajudam na auto estima. São ativos e gostam de desafios constantes e iteração social, seja através do esporte ou qualquer tipo de competição.
Mas por que marcas como a Coca-Cola, Adidas e Nike, fazem tanto sucesso entre os jovens?
Dentro desse contexto, eu atribuo esse sucesso das marcas com o publico jovem ao excesso de publicidade que estão ao redor deles. Nas três marcas pesquisadas, a imagem de um ídolo geralmente do esporte ou da música está presente, em todo lugar que se passa tem uma propaganda ou somente um logotipo, querendo ou não acaba fixando na mente das pessoas, isso faz com que elas se sintam 'em casa' quando vão à algum lugar do Brasil ou do mundo, é o princípio da comunicação mundial.
Claro que apesar da informação excessiva, não devemos ignorar os profissionais que tem grandes ideias que contribem para o sucesso da marca. Eles são os responsáveis pela combinação de cores vibrantes e contrastantes, músicas percursivas ou jingles fáceis de decorar e a utilização de recursos tecnológicos que estão sempre presentes para chamar a atenção do publico alvo.
Voltando à questão das cores, como diz o Professor Luciano Guimarães em seu livro A cor como informação - "se a comunicação por imagens já possui uma enorme força apelativa, as imagens de exuberante colorido tem uma força ainda maior." não é por acaso que se colocam cores vibrantes em suas propagandas. Cada cor possui uma característica que influencia positiva ou negativamente em nossas vidas, cores frias servem para acalmar, trazer leveza e tranquilidade, quanto que cores quentes servem para estimular e dar animo às pessoas. Ainda citando Fernando Guimarães, "de onde nasce a força que vem das imagens? Por que elas nos fascinam tanto a ponto de nos roubar até de nós mesmos?"
Vendo que os jovens gostam de agitação e desafios, as grandes marcas utilizam combinações de cores que inconcientemente as atraem.
Com base nas pesquisas que realizei sobre cores tendo como referências: o artigo sobre psicodinâmica das cores em comunicação desenvolvido pela estudante Ana Karina de Miranda, Site Webcriações, estudo da psicologia das cores e o próprio livro A cor como informação, farei abaixo uma análise de algumas imagens referentes as marcas pesquisadas e suas formas e cores:
Com base nas pesquisas que realizei sobre cores tendo como referências: o artigo sobre psicodinâmica das cores em comunicação desenvolvido pela estudante Ana Karina de Miranda, Site Webcriações, estudo da psicologia das cores e o próprio livro A cor como informação, farei abaixo uma análise de algumas imagens referentes as marcas pesquisadas e suas formas e cores:
Na imagem ao lado, da Coca-Cola estão presentes as cores laranja, amarelo e o preto e um homem saindo da garrafa. Segundo pesquisas e testes feitos por Lüscher um dos maiores pesquisadores mundiais sobre cores, a cor vermelho-alaranjado é uma cor ativa e indica desejo e apetite insaciável e na imagem é a cor predominante, além de envolver a busca de algo novo e curioso. O amarelo, é a cor que estimula a atenção por isso foi colocada ao fundo e na parte superior, e está no centro óptico da imagem. Misturando se com o laranja, a cor preta aparece para instigar a curiosidade das pessoas. Por ser uma publicidade esportiva, a figura masculina saindo de dentro da garrafa remete aos nadadores olímpicos. Digo que é uma imagem que traz movimento e energia.
Já nesta outra, também da Coca Cola, ao contrário da imagem acima, as cores são frias, apesar da cena se passar no Polo norte, onde há a imagem de uma família de ursos, a presença da cor azul além de nos trazer tranquilidade, estimula a razão, e vem juntamente com o branco que favorece a clareza e a verdade. Ou seja é uma imagem para não só atrair os jovens mas suas famílias também.
Na campanha publicitaria da Adidas abaixo optou-se em trabalhar a imagem em preto e branco, cores que instiga a curiosidade e mantém as intenções do anonimato e ao mesmo tempo favorece a clareza. Para atrair o publico, foi colocada a imagem de um atleta apontando para a pessoa que está vendo a imagem.
Nas fotos abaixo, a responsável pela campanha da coleção Originals de 2008 é a empresa 180 Amsterdam, que fez uma ótima campanha, explorando formas geométricas simétricas apresentando na linha clássica e retrô que dão a impressão de perfeição.
Já nas propagandas da Nike, há presença de imagens em preto e branco, e que também dá destaque para o atleta, porém, há presença do amarelo (que aparece chapado, luminoso ou em forma de chamas) e laranja. O amarelo neste caso além de representar a liderança e ambição,estimula o apetite que no caso, denotando 'o apetite de vencer' e o laranja, a liberdade e independência. A Nike tem seu maior investimento em comerciais.
Fontes extraidas para a pesquisa:
ARTIGO - PSCODINAMICA DAS CORES EM COMUNICAÇÃO - http://www.iscafaculdades.com.br/nucom/PDF/ed12_artigo_ana_karina.pdf
ESTUDOS - PSICOLOGIA DAS CORES -
http://psicologiacores.blogspot.com/
LIVRO A COR COMO INFORMAÇÃO - LUCIANO GUIMARÃES
ARTIGO - PSCODINAMICA DAS CORES EM COMUNICAÇÃO - http://www.iscafaculdades.com.br/nucom/PDF/ed12_artigo_ana_karina.pdf
ESTUDOS - PSICOLOGIA DAS CORES -
http://psicologiacores.blogspot.com/
LIVRO A COR COMO INFORMAÇÃO - LUCIANO GUIMARÃES
Imgens:
Coca-Cola
http://cokebr.blogspot.com/2007_07_01_archive.html/
Adidas:
http://www.firemulticom.com.br/blog/tag/criacao/page/81/
Coca-Cola
http://cokebr.blogspot.com/2007_07_01_archive.html/
Adidas:
http://www.firemulticom.com.br/blog/tag/criacao/page/81/
Nike:
http://portalevolution.org/esportes/os-11-melhores-comerciais-da-nike-de-todos-os-tempos
http://mundodasmarcas.blogspot.com/2006/05/nike-just-do-it.html
Adidas - Pesquisa
A história da Adidas começou logo após a Primeira Guerra Mundial, quando Adolf Dassler desenvolveu um sapato de pano para atletas. Hoje, a empresa das três listras é a segunda maior do mundo em artigos esportivos.
Adolf Dassler, chamado de Adi, tinha apenas 20 anos, quando desenvolveu em 1920, com os poucos materiais disponíveis logo depois da Primeira Guerra Mundial, sapatos de pano especiais para corredores, levado pela idéia que o guiou durante toda sua vida: a de que cada atleta tivesse o sapato adequado para o esporte que praticava.
O sucesso do modelo serviu de incentivo para Adi Dassler, que logo desenvolveu sapatos para outras disciplinas do atletismo e chuteiras para futebolistas. Já em 1928 os esportistas alemães disputaram a Olimpíada de Amsterdã calçando sapatos especiais da oficina de Dassler, que nunca se cansou, até morrer em 1978, de buscar o modelo perfeito da chuteira, da bota, do tênis, o que se traduz em 700 patentes e modelos registrados em todo o mundo.
Já na década de 30, Dassler produzia 30 modelos para 11 disciplinas esportivas, com a ajuda de 100 funcionários. Entre os atletas que conquistaram títulos equipados com sapatos desenvolvidos por ele, estava o norte-americano Jesse Owens, que brilhou na Olimpíada de Berlim em 1936 com quatro medalhas de ouro.
Com o país em escombros, após a Segunda Guerra Mundial, Adi Dassler retomou a produção com 47 funcionários, fazendo sapatos esportivos de lona e borracha retirada de vasilhames usados pelos americanos para armazenar combustível. Em 1947, juntou seu apelido com a primeira sílaba do sobrenome, criando a marca que logo se tornou símbolo de qualidade em todo o mundo: Adidas. As três listras foram acrescentadas como marca registrada no ano seguinte.
Chuteira de Fritz Walter, campeão mundial em 1954, no museu instalado na sede da Adidas Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Chuteira de Fritz Walter, campeão mundial em 1954, no museu instalado na sede da AdidasA conquista do Campeonato Mundial de Futebol de 1954 pela Alemanha selou definitivamente o sucesso da Adidas: na legendária partida final contra a Hungria, os jogadores da Seleção Alemã calçavam chuteiras com travas removíveis desenvolvidas por Adi Dassler.
Maior variedade de artigos esportivos
O sortimento de produtos nunca parou de crescer, incluindo a fabricação de bolas a partir de 1963 e de confecções esportivas desde 1967. Fundindo-se com o grupo Salomon, em 1997, após uma fase de fracassos financeiros, a Adidas-Salomon passou a congregar a maior variedade do mundo de artigos esportivos, que são vendidos sob diferentes marcas, num total de 600 modelos de sapatos e 1500 peças de confecção.
Seus artigos são vendidos em mais de 160 países, graças a mais de 50 subsidiárias ou joint ventures. Seus dois principais centros de produção, na sede principal em Herzogenaurach, Alemanha, e em Portland, Estados Unidos, empregam 3 mil pessoas. No mundo inteiro, a Adidas-Salomon tem 13 mil funcionários.
O logo da Adidas conhecido como “Trefoil” foi adotado e incorporado pela empresa em 1972 para diferenciar os produtos Adidas legítimos das imitações. Em 1996, a empresa decidiu utilizá-lo somente em produtos históricos e tradicionais como o Stan Smith, Rod Laver, o Warm-Up A-15 e T-Camisa clássica. A linha de equipamentos foi lançada em 1991. Esta linha de calçados e acessórios esportivos representa o mais original e funcional produto Adidas. Em janeiro 1996, as três listras foram incorporadas ao logo.
O marketing
A estratégia de marketing da marca adidas é muito dependente do patrocínio de grandes eventos esportivos como as Olimpíadas, Copa do Mundo de Futebol (onde a empresa pagou cerca de US$ 50 milhões para ser patrocinadora oficial), federações esportivas e atletas individuais. A empresa alemã gasta em média mais de US$ 900 milhões em marketing, a maior parte disso em patrocínio, mas também em publicidade e outros tipos de comunicação. Nomes como Muhammad Ali, Franz Beckenbauer e Zinedine Zidane tornaram-se lendas das três listras, contribuindo para que a marca se tornasse o que é hoje.
Porém um episódio marcou a história da adidas. Nas Olimpíadas de 1972, o nadador Mark Spitz estava a caminho de ganhar sete medalhas de ouro quando recebeu a visita de Horst Dassler, filho do fundador da empresa, na Vila Olímpica de Munique. Ele pediu para o norte-americano usar a marca nas cerimônias de entrega de medalhas. O problema é que provavelmente os calçados ficariam cobertos pelas calças que os nadadores usavam. Dassler então sugeriu para Spitz carregar os sapatos na mão. O atleta ficou contagiado pelo entusiasmo de Dassler e segurou um par de adidas Gazelle, quando acenou para a multidão. Spitz teve que se explicar depois ao Comitê Olímpico Internacional (COI), mas a marca ganhou enorme visibilidade mundial com esse episódio. A partir deste momento o mundo sabia quem era a marca adidas. Em 1998, a adidas se tornou a primeira marca de material esportivo a ser nomeada pela FIFA patrocinadora oficial do evento. Talvez a maior campanha publicitária da marca alemã foi lançada globalmente em 2003 com o slogan “Impossible is Nothing” e estrelada por astros como o boxeador Muhammad Ali, o jogador de futebol David Beckham e o jogador de basquete Tracy McGrady. Atualmente a empresa fornece os uniformes das principais seleções do mundo, como Alemanha (US$ 298 milhões /10 anos), Argentina (€ 6 milhões/ano), China, México, Grécia, Japão, Paraguai, Nigéria, Dinamarca, África do Sul, Escócia e Espanha, além de distribuir boa parte dos vestuários dos árbitros, chuteiras e bolas. Na Copa do Mundo de Futebol em 2010, a adidas vestiu 12 das 32 seleções que participaram do torneio.
Ainda no futebol, a empresa patrocina a FIFA e fornece material para grandes clubes do futebol mundial como Lyon, Milan, Real Madrid (US$ 29.6 milhões/ano), Bayern de Munique, Chelsea (US$ 21 milhões/ano), Liverpool, Bayer Leverkusen, Schalke 04, Benfica, Ajax, Fluminense, Palmeiras, River Plate, Fenerbahçe, Galatasaray, Panathinaikos e Dínamo Kiev. Também possui uma constelação de craques patrocinados como os ingleses David Beckham, Frank Lampard e Steven Gerrard; os alemães Michael Ballack, Bastian Schweinsteiger e Lukas Podolski; os espanhóis David Villa, Xavi, Iker Casillas e Xabi Alonso; o português Nani; os italianos Alessandro Nesta e Alessandro Del Piero; os brasileiros Kaká, Luis Fabiano, Fred, Nilmar, Thiago Neves, Gomez e Lúcio; os uruguaios Diego Lugano e Diego Forlán; os goleiros Petr Čech e Edwin van der Sar; os argentinos Lionel Messi e Juan Román Riquelme; o holandês Robin Van Persie e Arjen Robben; os franceses Djibril Cissé, David Trézéguet e Zindedine Zidane (mesmo aposentado), entre outros. No tênis a marca alemã tinha como seu principal atleta Ivan Lendl, que surgiu com uma grande promessa e alcançou o topo do ranking em 1985. Outra sensação da época foi a tenista Steffi Graf. Atualmente a marca patrocinada os tenistas Andy Murray, Fernando González, Caroline Wozniacki e Justine Henin. Além disso, patrocina a lendária equipe de rúgbi da Nova Zelândia, conhecida como All Blacks.
Fontes:
O sucesso AdidasFonte: http://www.pequenoguru.com.br/2009/09/o-sucesso-adidas-entrevista-com-presidente/
Trecho de uma entrevista com o presidente da adidas
Qual o mais imprevisível fator que mais impactou a gestão da Adidas na última década?
Trecho de uma entrevista com o presidente da adidas
Qual o mais imprevisível fator que mais impactou a gestão da Adidas na última década?
A velocidade com que as pessoas se conectam pelo mundo, como eles compartilham informação; essa foi uma verdadeira revolução no mercado. Eu diria que isso, na verdade, começou um pouco mais cedo na última década, mas isso tem forçado toda marca a se ajustar, não apenas reagir, e tentar se antecipar, ler, e interpretar tendências antes que elas realmente fiquem grande.
Hoje, os consumidores estão interconectados.Tendências que surgem hoje em algum lugar do mundo pode ser espalhada em dias, horas, até minutos, para o resto do mundo. Antes disso tudo começar, nosso trabalho era um tanto fácil. Navegar entre mercados era limitado e um pouco lento. Então, nós podíamos construir marcas levemente diferentes em diferentes mercados, baseado nas necessidades desses mercados e no canal de distribuição. Hoje, as diferenças de como a sua marca é percebida e valorizada pelo consumidor são totalmente transpartente, o que força as marcas a construirem uma imagem consistente na mente dos consumidores de forma global, guiada pelos valores claros e os objetivos de marca.
Isso tudo tem um efeito diário na gente: que produtos oferecer e onde, que mensagens nós queremos passar(usando qual mídia), e como nós estimulamos a interação dois a dois entre nossos consumidores e a nossa marca. Isso atinge a abordagem do nosso marketing esportivo, influenciando que clubes, atletas e federações nós patrocinamos, o que antes era importante apenas local ou regionalmente, hoje tem apelo mundial. E não esquecer nosso foco nas causas sociais e nas questões do meio-ambiente, sendo socialmente e ecologicamente corrreto nunca foi tão grande.
Consumidores de hoje definem pessoalmente a maneira que eles percebem a nossa marca, e eles têm as ferramentas nas mãos pra compartilhar com o mundo. Facebook, Youtube, Twitter. Conectividade fácil disponível 24 horas por dia. Isso significa que parte do controle sobre a marca que você administra agora está nas mãos dos consumidores, e isso requer confiança pra deixar isso pra lá, confiar nos pontos fortes da marca e seu objetivo.
A partir das suas experiências, que aspectos você pode compartilhar que contribuem na construção de uma marca de sucesso?
Hoje, os consumidores estão interconectados.Tendências que surgem hoje em algum lugar do mundo pode ser espalhada em dias, horas, até minutos, para o resto do mundo. Antes disso tudo começar, nosso trabalho era um tanto fácil. Navegar entre mercados era limitado e um pouco lento. Então, nós podíamos construir marcas levemente diferentes em diferentes mercados, baseado nas necessidades desses mercados e no canal de distribuição. Hoje, as diferenças de como a sua marca é percebida e valorizada pelo consumidor são totalmente transpartente, o que força as marcas a construirem uma imagem consistente na mente dos consumidores de forma global, guiada pelos valores claros e os objetivos de marca.
Isso tudo tem um efeito diário na gente: que produtos oferecer e onde, que mensagens nós queremos passar(usando qual mídia), e como nós estimulamos a interação dois a dois entre nossos consumidores e a nossa marca. Isso atinge a abordagem do nosso marketing esportivo, influenciando que clubes, atletas e federações nós patrocinamos, o que antes era importante apenas local ou regionalmente, hoje tem apelo mundial. E não esquecer nosso foco nas causas sociais e nas questões do meio-ambiente, sendo socialmente e ecologicamente corrreto nunca foi tão grande.
Consumidores de hoje definem pessoalmente a maneira que eles percebem a nossa marca, e eles têm as ferramentas nas mãos pra compartilhar com o mundo. Facebook, Youtube, Twitter. Conectividade fácil disponível 24 horas por dia. Isso significa que parte do controle sobre a marca que você administra agora está nas mãos dos consumidores, e isso requer confiança pra deixar isso pra lá, confiar nos pontos fortes da marca e seu objetivo.
A partir das suas experiências, que aspectos você pode compartilhar que contribuem na construção de uma marca de sucesso?
O primeiro e mais importante elemento é definir os valores pelo qual a marca existe [objetivo] e definir limites pra que você faz e não faz com o nome dessa marca. Nós temos uma missão de marca clara, visão e valores. Autenticidade desempenha um papel vital aqui. Isso não é apenas um dos nossos valores, mas isso descreve como cada ação que fazemos se encaixa dentro da missão, visão e valores. Isso gera confiança e credibilidade com o consumidor e fornece a base para identificação com a marca, e isso nunca deve ser negligenciado!
Construção de marca acontece a cada encontro com o cliente [o famoso "momento (ou hora) da verdade"]. Isso não tem a ver apenas com o produto, com a campanha ou como nossas lojas se parecem. Vai muito além disso. Inclui o suporte que nós damos às lojas de varejo parceiras, preenchendo as necessidades deles, os serviços disponíveis para nossos atletas, a interação da nossa equipe de vendas a cada momento que o cliente passa pela porta, a mentalidade e motivação de cada funcionário em diferentes países, bem como nas sedes administrativas.
Entretanto, o core disso continua sendo o produto. Sem um produto de qualidade com um preço justo –seja para esportes ou uso urbano– uma marca não pode sustentar esse apelo. Cada produto precisa incorporar e respirar a marca.
Indo além, é um ponto-chave pra gente a maneira como nos comportamos com as questões sociais e ambientais. Nós nos esforçamos pra contribuir com ações pequenas ou grandes. Por exemplo, juntar crianças palestinas e israelenses para jogar basquetes, estimulando um estilo de vida mais saudável com eventos ao ar livre.
Os slogans
adidas is all In. (2011)
Impossible is Nothing. (2003)
I kiss football. (2001)
Want to play? (2000)
Feet you wear. (1998)
Performance shoes for runners. (1997)
Forever Sport. (década 90)
We’re running serious. (1985)
Spirit of the games. (1984)
Construção de marca acontece a cada encontro com o cliente [o famoso "momento (ou hora) da verdade"]. Isso não tem a ver apenas com o produto, com a campanha ou como nossas lojas se parecem. Vai muito além disso. Inclui o suporte que nós damos às lojas de varejo parceiras, preenchendo as necessidades deles, os serviços disponíveis para nossos atletas, a interação da nossa equipe de vendas a cada momento que o cliente passa pela porta, a mentalidade e motivação de cada funcionário em diferentes países, bem como nas sedes administrativas.
Entretanto, o core disso continua sendo o produto. Sem um produto de qualidade com um preço justo –seja para esportes ou uso urbano– uma marca não pode sustentar esse apelo. Cada produto precisa incorporar e respirar a marca.
Indo além, é um ponto-chave pra gente a maneira como nos comportamos com as questões sociais e ambientais. Nós nos esforçamos pra contribuir com ações pequenas ou grandes. Por exemplo, juntar crianças palestinas e israelenses para jogar basquetes, estimulando um estilo de vida mais saudável com eventos ao ar livre.
Os slogans
adidas is all In. (2011)
Impossible is Nothing. (2003)
I kiss football. (2001)
Want to play? (2000)
Feet you wear. (1998)
Performance shoes for runners. (1997)
Forever Sport. (década 90)
We’re running serious. (1985)
Spirit of the games. (1984)
NIKE - Pesquisa
A idéia de criar a NIKE surgiu de um projeto de MBA de Phil Knight, um ex-atleta de corridas de média distância da universidade de Oregon, enquanto este freqüentava o curso de gestão administrativa da universidade de Standford. Ele acreditava que, ao importar tênis que eram fabricados no Japão, utilizando mão-de-obra barata, poderia conquistar uma parcela de mercado da marca alemã Adidas. Começou então pelos tênis de atletismo. Em 1963 foi ao Japão negociar com a marca Tiger a importação e representação de tênis para atletismo, com o objetivo de introduzi-los no mercado americano, que até aquele momento era dominado por marcas alemãs. No ano seguinte a primeira remessa de 300 pares da Tiger chegava à cidade de Portland, no Oregon, costa oeste dos Estados Unidos, em nome da empresa Blue Ribbon Sports, que Phil Knight e Bill Bowerman, seu treinador de atletismo na universidade de Oregon, haviam criado em janeiro com apenas US$ 1.000 e um aperto de mão. No primeiro ano a empresa faturou US$ 8.000.
Bill prontamente modificou o modelo, incorporando ao tênis a primeira entressola completamente acolchoada, inovação radical para a época. O tênis caiu no gosto do público e tornou-se o modelo da Tiger mais vendido em 1968. A dedicação à corrida era tanta que ambos sentiram a necessidade de um tênis que pudesse contribuir para a melhoria do desempenho do atleta. Bowerman decidiu então, em 1970, testar um solado de forma inusitada, mas que acabou dando certo: despejou borracha na chapa de waffles da esposa para criar um solado melhor, mais leve e durável. Surgia então um tênis com uma sola leve e ondulada, muito mais aderente e considerada revolucionária para a época. Começaram então a produzirem seus próprios tênis.
Chegou em 1988 com o famoso slogan JUST DO IT (algo como “Apenas Faça”). Muito mais que um simples slogan, esse conceito transformou-se em uma espécie de declaração universal dos objetivos de todo atleta, em qualquer parte do mundo. A idéia de que, diante do esforço, não há fronteiras, é a expressão moderna dos ideais gregos, que praticavam o esporte como busca da perfeição e do belo. Porém, o melhor ainda estava por vir. Em 1989, a campanha estrelada pelo astro Bo Jackson, um atleta versátil, jogador de futebol americano e baseball profissional, introduziu no mercado um dos slogans mais famosos da publicidade americana: BO KNOWS. Campanhas dirigidas pelo cineasta Spike Lee também ajudaram a colocar o logotipo da NIKE no imaginário popular do planeta.
NIKE PLUS
Esta parceria não poderia ser melhor, além de grandes amigos, ambos entendiam do negócio que estavam começando. Enquanto Phil vendia os tênis no porta-malas de seu carro nas competições de atletismo, Bill cuidava do desenvolvimento e design de novos modelos. A partir daqui a tecnologia ligada ao esporte nunca mais seria a mesma. Mas os novos tênis com a primeira entressola inteiriça da história, que seriam produzidos inicialmente no México, precisavam de uma marca.
A primeira aparição oficial da marca em eventos esportivos foi em 1972, nas classificatórias olímpicas realizadas no Oregon. Os atletas da maratona que usaram tênis NIKE CORTEZ classificaram-se entre o 4º e o 7º lugar, enquanto os atletas da marca Adidas conquistaram os primeiros três lugares. Para promover a marca, a empresa confeccionou camisetas distribuídas durante as eliminatórias, sendo o primeiro item de vestuário da NIKE. Desde os corredores até fãs e juízes usaram as camisetas. Foi neste mesmo ano que o Canadá se tornou o primeiro país estrangeiro a receber os produtos da marca. Neste período Bowerman melhorou o material das solas utilizando borracha mais flexível, mais elástica e menos compacta. Em 1976, nas eliminatórias olímpicas americanas na cidade de Eugene, os tênis NIKE eram vistos em abundância nos pés de jovens promessas do atletismo.
A expansão internacional começou em 1978, ano em que a empresa passou a ser oficialmente chamada NIKE Inc., com a entrada no mercado sul-americano e distribuição dos produtos no continente europeu. O ano de 1980 foi marcado pela inauguração do primeiro laboratório de pesquisa e desenvolvimento da empresa, onde era possível testar vários aspectos da biomecânica e da fisiologia do corpo humano. Pouco depois, em 1982, ingressou no mercado europeu de futebol ao firmar contrato de patrocínio com o time francês do Paris Saint-Germain. Nesta época a empresa já possuía uma linha de tênis com mais de 200 modelos. No final desta década, em 1988, a NIKE ingressou no segmento de calçados não esportivos ao adquirir a Cole Haan, uma marca Premium de sapatos e acessórios. A década de 80 foi marcada por grandes sucessos, principalmente os tênis NIKE Air e Air Jordan, que se tornaram objetos de desejo entre os jovens do mundo inteiro.
Depois de passar por um período difícil entre 1993 e 1997, devido a um plano de expansão e acusações de utilização de mão de obra infantil em suas fábricas no continente asiático, o que levou a uma forte queda nas vendas e conseqüentemente no faturamento, a NIKE se reposicionou: “decidimos que éramos uma empresa de artigos esportivos e não apenas uma empresa de calçados”, afirmou Phil Knight. Além disso, a NIKE resolveu entrar para valer na briga direta pelo mercado de futebol. A nova visão traduziu-se em contratos de publicidade e patrocínios que tinham como objetivo alcançar uma audiência esportiva mais ampla, patrocinando assim atletas individuais, como o jogador de golfe Tiger Woods. No mês de fevereiro de 2002 anunciou a compra da marca de roupas e equipamentos de surfe Hurley. No ano seguinte, comprou a fabricante do tradicional tênis All Star, a Converse, por US$ 305 milhões. A compra da marca All Star iria ajudar a ocupar um espaço que a marca ainda não havia conseguido se fixar: tênis de preço mais acessível. Nesta época, a NIKE se tornou verdadeiramente uma marca global, com o faturamento mundial superando o do mercado americano.
Nike Air: a lenda
Em toda empresa sempre existe um produto que marca literalmente sua história. Revolucionário, pioneiro e campeão de vendas. Na NIKE não foi diferente. Ela não seria o que é hoje se não fosse o NIKE AIR. Esta tecnologia revolucionária e exclusiva de amortecimento começou a ser desenvolvida em 1978, oferecendo excelente amortecimento e maior leveza aos atletas. A bolsa de ar era embutida na entressola do tênis, oferecendo uma solução durável, leve e versátil. Como a bolsa de ar não era visível, sua existência era indicada pela palavra AIR. Este sistema foi desenvolvido por Frank Rudy, um ex-engenheiro da NASA e maratonista. Após aperfeiçoamentos necessários, em 1979 foi lançado o NIKE Tailwind. Essa tecnologia não parou de ser desenvolvida, até que em 1987 surgia o NIKE AIR pelas mãos do ex-atleta Tink Hatfield que projetou o modelo que revolucionaria o mercado. A força bruta e repetitiva do esporte poderia ocasionar sérios danos ao corpo e ao desempenho do atleta. Para absorver e dispersar a força destes impactos, a NIKE desenvolveu bolsas de grande volume, compostas por câmaras de ar. A bolsa de ar, agora visível, facilitava a identificação do produto.
Campanhas que fizeram história
A história da NIKE com a propaganda é recheada de momentos marcantes. Começou em 1977 com um de seus primeiros slogans que dizia: There is no finish line (Não há linha final). A sorte da marca começou a mudar em 1982, quando a agência de publicidade Wieden & Kennedy foi fundada em Portland. Segundo muitos, ela foi criada justamente para atender a conta publicitária da NIKE que se tornaria seu cliente mais fiel e conhecido. E a primeira grande campanha foi um verdadeiro sucesso.
Chegou em 1988 com o famoso slogan JUST DO IT (algo como “Apenas Faça”). Muito mais que um simples slogan, esse conceito transformou-se em uma espécie de declaração universal dos objetivos de todo atleta, em qualquer parte do mundo. A idéia de que, diante do esforço, não há fronteiras, é a expressão moderna dos ideais gregos, que praticavam o esporte como busca da perfeição e do belo. Porém, o melhor ainda estava por vir. Em 1989, a campanha estrelada pelo astro Bo Jackson, um atleta versátil, jogador de futebol americano e baseball profissional, introduziu no mercado um dos slogans mais famosos da publicidade americana: BO KNOWS. Campanhas dirigidas pelo cineasta Spike Lee também ajudaram a colocar o logotipo da NIKE no imaginário popular do planeta.
A controvérsia sempre esteve presente em suas campanhas publicitárias. E uma das que mais causou discórdia foi a campanha para as Olimpíadas de Atlanta em 1996. O slogan You Don’t Win Silver — You Lose Gold (Você não ganha a Prata – Perde o Ouro), ia contra todo o ideal olímpico de confraternização, onde o importante é competir. As críticas surgiram de todos os lados, inclusive dos atletas que conquistaram medalhas de Prata e Bronze. A NIKE não deu bola e seguiu em frente. A marca foi eleita anunciante do ano em 1994 e 2003.
Uma campanha mílhonária
Em março de 2002, vésperas da Copa do Mundo de Futebol, a NIKE iniciou uma campanha mundial de marketing estimada em US$ 100 milhões, criada em torno do que chamou de “Secret Tournament”. A fase “provocativa” da campanha começou em março com propagandas que não mostravam mais do que um par de chuteiras de futebol e um escorpião, um símbolo do “estilo rápido e mortal de jogo” com o qual a NIKE queria ser identificada. Para os curiosos, havia uma referência ao endereço eletrônico nikefootball.com, onde os visitantes poderiam jogar videogames e aprender mais sobre o torneio em 12 idiomas. A fase de “excitação” do torneio começou em abril, com uma série de comerciais retratando um ambiente sombrio e agressivo que evocava a Austrália pós-apocalíptica do filme Mad Max e a alienação do Clube da Luta. Clique no ícone abaixo para assistir ao comercial.
Oito equipes de três jogadores, compostas pelas principais estrelas do futebol mundial como Ronaldinho Gaúcho, Thierry Henry, Francesco Totti, Roberto Carlos, Hidetoshi Nakata, Edgard Davids, Luis Figo, Javier Saviola, Lilian Thuram, Ronaldo, Denílson, Hernan Crespo e até o aposentado francês Eric Cantona, no papel de mediador, disputavam um torneio de partidas do tipo morte-súbita em um pequeno campo dentro de uma jaula de aço em um enorme navio.
Por fim a fase de “envolvimento” da campanha foi lançada em junho, quando a marca instituiu campos na Cidade do México, Tóquio, Roma e em 10 outras cidades para realizar torneios para jogadores iniciantes. Quase dois milhões de jogadores participaram. Na época da Copa do Mundo de 2002, realizada em junho, a NIKE fez sentir sua presença no mundo do futebol. Oito dos 32 participantes usaram uniformes da marca, inclusive o Brasil, que venceu a competição pela quinta vez. No jogo final, Ronaldo fez dois gols usando um par de chuteiras cromadas Nike Mercurial Vapors. Foi justamente esta Copa do Mundo que mudou a história da marca. Pela primeira vez as vendas internacionais superaram as receitas americanas. Em 2003 os calçados para futebol tiveram crescimento nas vendas de 46%. O futebol deu a Ásia à NIKE. A empresa, que já havia somado pontos importantes no continente com as roupas, tênis e acessórios para beisebol e basquete, conquistou de vez japoneses, chineses e coreanos com a febre da bola que tomou conta da região neste início de século.
A mais recente campanha mundial da NIKE para o futebol, lançada em 2010, é intitulada “Escreva o Futuro” (”Write the Future”, em inglês).
Estrelam a campanha global algumas das maiores estrelas do futebol mundial: Cristiano Ronaldo, Didier Drogba, Wayne Rooney, Fabio Cannavaro, Frank Ribéry, Iniesta, Fábregas, Theo Walcott, Patrice Evra, Gerard Piqué, Ronaldinho Gaúcho, Donovan e Thiago Silva, além da lenda do tênis Roger Federer e da estrela da NBA, Kobe Bryant. Homer Simpson completa o time de estrelas convidadas.
Joga Bonito, lançada em 2006, foi outra campanha de sucesso mundial para a NIKE. Nela, o ex-jogador francês Eric Cantona, frustrado com os aspectos negativos do futebol, cria uma emissora para transmitir seu próprio manifesto defendendo os atributos que podem salvar o esporte que ele ama: honra, garra, habilidade, alegria e espírito de equipe. Para tanto, ele contou com a ajuda de craques como os brasileiros Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo Fenômeno, o francês Thierry Henry e o inglês Wayne Rooney. O sucesso da campanha foi refletido em números: a marca vendeu mais de 2.4 milhões de uniformes e aproximadamente 23 milhões de pares de chuteiras em todo o mundo, consolidando assim uma posição de liderança, ao lado da rival Adidas, no mercado de futebol. Em 2007 surpreendeu o mundo ao adquirir por US$ 582 milhões a tradicional britânica UMBRO, marca com uma sólida herança e com uma profunda experiência no esporte mais popular do mundo e no maior mercado de futebol do mundo, acirrando ainda mais a guerra com a rival Adidas.
Trofeu do reality show ‘Joga Bonito’ da Nike. **** |
Por ano a NIKE desembolsa aproximdamente US$ 2 bilhões, que corresponde a 10% de seu faturamento anual, em publicidade e contratação de atletas renomados como garotos-propaganda. A história começou com o tenista romeno Llie Nastase, primeira atleta a firmar contrato para utilização dos tênis NIKE em 1972. A outra parte da história teve início com o corredor de longa distância americano Steve Prefontaine, patrocinado pela empresa em 1973 e conhecido não apenas por ter batido todos os recordes americanos entre os 2.000 e 10.000 metros na década de 70, mas também por sua determinação e beleza. Steve morreu tragicamente aos 24 anos em um acidente de automóvel, pouco antes das Olimpíadas de 1976, em Montreal, no Canadá. Sua história virou filme, e a NIKE seguiu em frente.
Outros atletas assinaram contratos com a empresa como o controverso tenista John McEnroe (1978); o corredor Carl Lewis (1980), o jogador de basquete da Universidade da Carolina do Norte chamado Michael Jordan (1985), que viria se tornar seu mais conhecido garoto-propaganda; os tenistas André Agassi (1988) e Pete Sampras; o jogador Ronaldo (1994); o golfista, até então amador, Tiger Woods (1996), que hoje possui um contrato de 5 anos no valor de US$ 100 milhões; o jogador Ronaldinho Gaúcho (1998); o astro do basquete LeBron James (2003); entre muitos outros, como a bela tenista Maria Sharapova, que voltou a ser a esportista mais bem paga do mundo ao renovar o seu contrato com a marca em 2010, no valor de US$ 70 milhões. Esse time de astros é muito mais que apenas atletas patrocinados. São colaboradores. Eles testam os produtos e sugerem inovações.
Nas Olimpíadas de Atlanta em 1996, o velocista Michael Johnson usou uma criação sua, o Gold Shoe, uma sapatilha dourada (mais leve calçado esportivo já projetado). Tornou-se, aos 29 anos, o único homem até então a vencer as provas de 200 e 400 metros rasos na mesma Olimpíada. Outro exemplo é a chuteira Mercurial, criada a partir de informações do jogador Ronaldo e testada por ele até a versão final. O mesmo ocorreu com a chuteira Tiempo, usada por Ronaldinho Gaúcho. Um esporte em especial foi essencial para o crescimento da marca, o futebol, considerado o esporte número um do mundo. Em 1994, a marca possuía apenas 2% do mercado de equipamentos para futebol. Para derrotar a marca líder do mercado, a Adidas, se concentrou em jogadores de futebol jovens e talentosos. Para atingir esses atletas, assinou contratos de propaganda com astros da Argentina, Grã-Bretanha, Brasil, Portugal, México, China e Japão. Também procurou jogadores que expressassem e incorporassem um estilo de futebol mais rápido e centrado no ataque “em contraste com o estilo defensivo e metódico conhecido como futebol alemão”, uma clara provocação a sua rival germânica. Ao associar sua imagem à de estrelas de diferentes esportes, a empresa quer comunicar que todos nós podemos ser atletas, desenvolver aquele espírito competitivo retratado em suas campanhas publicitárias e, quem sabe, chegar lá um dia.
Atualmente o time de craques da NIKE é composto pelos jogadores brasileiros Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Robinho, Neymar, Paulo Henrique Ganso, Maicon, Alexandre Pato, Luis Fabiano, Daniel Alves, Nilmar e Thiago Silva; o português Cristiano Ronaldo; os ingleses Wayne Rooney e Rio Ferdinand; os argentinos Carlito Tévez, Sérgio Aguero e Javier Mascherano; os italianos Andréa Prilo, Fabio Cannavaro, Mario Balotelli e Gianluca Zambrotta; os americanos Landon Donovan, Tim Howard, Clint Dempsey e Carlos Bocanegra; os espanhóis Carles Puyol, Andrés Iniesta, Cesc Fabregas, Gerard Piqué e Fernando Torres; os alemães Miroslav Klose e Mesut Ozil; o sueco Zlatan Ibrahimovic; o marfinês Didier Drogba; os franceses Frank Ribéry e Patrice Evra; o russo Andrey Arshavin; o mexicano Rafael Márquez; o chileno Jorge Valdivia; e os holandeses Rafael Van De Vaart e Wesley Sneijder. Clubes e seleções também são alvo da NIKE. Atualmente a empresa gasta milhões de dólares para fornecer materiais esportivos para as seleções nacionais como da França (US$ 62.8 milhões/ano), Brasil (US$ 45 milhões/ano), Estados Unidos, Holanda, Portugal, Sérvia, Austrália, Nova Zelândia e Coréia do Sul, além de times como Barcelona (US$ 44 milhões/ano), Manchester United (US$ 44 milhões/ano), Arsenal (US$ 25 milhões/ano), Porto (US$ 16.4 milhões/ano), Juventus (US$ 16 milhões/ano), Internazionale, Atlético de Madrid, Werder Bremen, Boca Juniors, PSG, Celtic e Corinthians.
NIKE PLUS
Recentemente, a NIKE encontrou nas corridas uma forma de implantar uma rede global de relacionamento. Batizada de NIKE PLUS, a comunidade de corredores entrou no ar em 2006. Para participar dela, o consumidor precisa comprar um tênis acompanhado por um marca-passo. O aparelho permite ao corredor calcular dados como distância percorrida e gasto calórico. Com a ajuda de um iPod, essas informações podem ser então transferidas para o site da NIKE. Lá, os usuários trocam mensagens, participam de competições virtuais, recebem dicas de corrida e até discutem sobre músicas para embalar os exercícios. O site já teve 45 milhões de acessos em 160 países.
A evolução visual
A NIKE é o sonho de toda a marca, o branding em seu estado puro. Seu logotipo sofreu grandes alterações no decorrer dos tempos. E não é que o conhecido Swoosh, palavra que designa o som produzido por uma arremetida repentina de ar, se tornou um dos símbolos mais conhecidos e respeitados do planeta. Parece fácil falarmos isso agora. Mas imaginem que em 1971 a estudante de design gráfico, Carolyn Davidson, criou o que viria a se tornar um dos símbolos mais famosos do mundo. Ousaram, investiram e principalmente apostaram na verdadeira essência da propaganda para que o logotipo pudesse dispensar o nome da marca. O resultado todo mundo pode ver hoje, uma das marcas com maiores índices de respeitabilidade e relação emocional com o consumidor.
O gênio por trás da marca
O cidadão Philip Hampson Knight nasceu no dia 24 de fevereiro de 1938 em Oregon. Era apenas um corredor esforçado, que pertenceu à equipe de atletismo da Universidade de Oregon e que teve como treinador Bill Bowerman. No final do seu MBA, em Stanford, apresentou um relatório de pesquisa baseado na teoria de que os japoneses poderiam fazer no calçado esportivo o mesmo que faziam com as câmeras de vídeo: transformá-lo em um produto barato e de qualidade. Era o embrião do que seria a NIKE. Ele tinha um sonho. Ele venderia tênis. Ele venderia sonhos. Ele ficaria rico. O resto da história é uma saga envolta em um ideal de vitória. Em 25 de maio de 2004 sofreu seu mais duro golpe quando seu filho, Matthew Hatfield Knight, morreu enquanto praticava mergulho no lago Ilopango, localizado 14 km a oeste de San Salvador. O fundador da NIKE, trigésimo homem mais rico dos Estados Unidos, com fortuna avaliada em US$ 9.5 bilhões, tem como principais paixões a história asiática, o golfe, o cooper e o tênis. Sua paixão pela empresa é tamanha que tem o logotipo da NIKE tatuado em seu tornozelo.
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