quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Adidas - Pesquisa




A história da Adidas começou logo após a Primeira Guerra Mundial, quando Adolf Dassler desenvolveu um sapato de pano para atletas. Hoje, a empresa das três listras é a segunda maior do mundo em artigos esportivos.
Adolf Dassler, chamado de Adi, tinha apenas 20 anos, quando desenvolveu em 1920, com os poucos materiais disponíveis logo depois da Primeira Guerra Mundial, sapatos de pano especiais para corredores, levado pela idéia que o guiou durante toda sua vida: a de que cada atleta tivesse o sapato adequado para o esporte que praticava.
O sucesso do modelo serviu de incentivo para Adi Dassler, que logo desenvolveu sapatos para outras disciplinas do atletismo e chuteiras para futebolistas. Já em 1928 os esportistas alemães disputaram a Olimpíada de Amsterdã calçando sapatos especiais da oficina de Dassler, que nunca se cansou, até morrer em 1978, de buscar o modelo perfeito da chuteira, da bota, do tênis, o que se traduz em 700 patentes e modelos registrados em todo o mundo.
Já na década de 30, Dassler produzia 30 modelos para 11 disciplinas esportivas, com a ajuda de 100 funcionários. Entre os atletas que conquistaram títulos equipados com sapatos desenvolvidos por ele, estava o norte-americano Jesse Owens, que brilhou na Olimpíada de Berlim em 1936 com quatro medalhas de ouro.

Recomeço após a Segunda Guerra

Com o país em escombros, após a Segunda Guerra Mundial, Adi Dassler retomou a produção com 47 funcionários, fazendo sapatos esportivos de lona e borracha retirada de vasilhames usados pelos americanos para armazenar combustível. Em 1947, juntou seu apelido com a primeira sílaba do sobrenome, criando a marca que logo se tornou símbolo de qualidade em todo o mundo: Adidas. As três listras foram acrescentadas como marca registrada no ano seguinte.
Chuteira de Fritz Walter, campeão mundial em 1954, no museu instalado na sede da Adidas Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Chuteira de Fritz Walter, campeão mundial em 1954, no museu instalado na sede da AdidasA conquista do Campeonato Mundial de Futebol de 1954 pela Alemanha selou definitivamente o sucesso da Adidas: na legendária partida final contra a Hungria, os jogadores da Seleção Alemã calçavam chuteiras com travas removíveis desenvolvidas por Adi Dassler.

Maior variedade de artigos esportivos

O sortimento de produtos nunca parou de crescer, incluindo a fabricação de bolas a partir de 1963 e de confecções esportivas desde 1967. Fundindo-se com o grupo Salomon, em 1997, após uma fase de fracassos financeiros, a Adidas-Salomon passou a congregar a maior variedade do mundo de artigos esportivos, que são vendidos sob diferentes marcas, num total de 600 modelos de sapatos e 1500 peças de confecção.
Seus artigos são vendidos em mais de 160 países, graças a mais de 50 subsidiárias ou joint ventures. Seus dois principais centros de produção, na sede principal em Herzogenaurach, Alemanha, e em Portland, Estados Unidos, empregam 3 mil pessoas. No mundo inteiro, a Adidas-Salomon tem 13 mil funcionários.




O Logo Trefoil



O logo da Adidas conhecido como “Trefoil” foi adotado e incorporado pela empresa em 1972 para diferenciar os produtos Adidas legítimos das imitações. Em 1996, a empresa decidiu utilizá-lo somente em produtos históricos e tradicionais como o Stan Smith, Rod Laver, o Warm-Up A-15 e T-Camisa clássica. A linha de equipamentos foi lançada em 1991. Esta linha de calçados e acessórios esportivos representa o mais original e funcional produto  Adidas. Em janeiro 1996, as três listras foram incorporadas ao logo.



O marketing

A estratégia de marketing da marca adidas é muito dependente do patrocínio de grandes eventos esportivos como as Olimpíadas, Copa do Mundo de Futebol (onde a empresa pagou cerca de US$ 50 milhões para ser patrocinadora oficial), federações esportivas e atletas individuais. A empresa alemã gasta em média mais de US$ 900 milhões em marketing, a maior parte disso em patrocínio, mas também em publicidade e outros tipos de comunicação. Nomes como Muhammad Ali, Franz Beckenbauer e Zinedine Zidane tornaram-se lendas das três listras, contribuindo para que a marca se tornasse o que é hoje.

Porém um episódio marcou a história da adidas. Nas Olimpíadas de 1972, o nadador Mark Spitz estava a caminho de ganhar sete medalhas de ouro quando recebeu a visita de Horst Dassler, filho do fundador da empresa, na Vila Olímpica de Munique. Ele pediu para o norte-americano usar a marca nas cerimônias de entrega de medalhas. O problema é que provavelmente os calçados ficariam cobertos pelas calças que os nadadores usavam. Dassler então sugeriu para Spitz carregar os sapatos na mão. O atleta ficou contagiado pelo entusiasmo de Dassler e segurou um par de adidas Gazelle, quando acenou para a multidão. Spitz teve que se explicar depois ao Comitê Olímpico Internacional (COI), mas a marca ganhou enorme visibilidade mundial com esse episódio. A partir deste momento o mundo sabia quem era a marca adidas. Em 1998, a adidas se tornou a primeira marca de material esportivo a ser nomeada pela FIFA patrocinadora oficial do evento. Talvez a maior campanha publicitária da marca alemã foi lançada globalmente em 2003 com o slogan “Impossible is Nothing” e estrelada por astros como o boxeador Muhammad Ali, o jogador de futebol David Beckham e o jogador de basquete Tracy McGrady. Atualmente a empresa fornece os uniformes das principais seleções do mundo, como Alemanha (US$ 298 milhões /10 anos), Argentina (€ 6 milhões/ano), China, México, Grécia, Japão, Paraguai, Nigéria, Dinamarca, África do Sul, Escócia e Espanha, além de distribuir boa parte dos vestuários dos árbitros, chuteiras e bolas. Na Copa do Mundo de Futebol em 2010, a adidas vestiu 12 das 32 seleções que participaram do torneio.




Ainda no futebol, a empresa patrocina a FIFA e fornece material para grandes clubes do futebol mundial como Lyon, Milan, Real Madrid (US$ 29.6 milhões/ano), Bayern de Munique, Chelsea (US$ 21 milhões/ano), Liverpool, Bayer Leverkusen, Schalke 04, Benfica, Ajax, Fluminense, Palmeiras, River Plate, Fenerbahçe, Galatasaray, Panathinaikos e Dínamo Kiev. Também possui uma constelação de craques patrocinados como os ingleses David Beckham, Frank Lampard e Steven Gerrard; os alemães Michael Ballack, Bastian Schweinsteiger e Lukas Podolski; os espanhóis David Villa, Xavi, Iker Casillas e Xabi Alonso; o português Nani; os italianos Alessandro Nesta e Alessandro Del Piero; os brasileiros Kaká, Luis Fabiano, Fred, Nilmar, Thiago Neves, Gomez e Lúcio; os uruguaios Diego Lugano e Diego Forlán; os goleiros Petr Čech e Edwin van der Sar; os argentinos Lionel Messi e Juan Román Riquelme; o holandês Robin Van Persie e Arjen Robben; os franceses Djibril Cissé, David Trézéguet e Zindedine Zidane (mesmo aposentado), entre outros. No tênis a marca alemã tinha como seu principal atleta Ivan Lendl, que surgiu com uma grande promessa e alcançou o topo do ranking em 1985. Outra sensação da época foi a tenista Steffi Graf. Atualmente a marca patrocinada os tenistas Andy Murray, Fernando González, Caroline Wozniacki e Justine Henin. Além disso, patrocina a lendária equipe de rúgbi da Nova Zelândia, conhecida como All Blacks.

Fontes:




O sucesso AdidasFonte: http://www.pequenoguru.com.br/2009/09/o-sucesso-adidas-entrevista-com-presidente/

Trecho de uma entrevista com o presidente da adidas

Qual o mais imprevisível fator que mais impactou a gestão da Adidas na última década?
A velocidade com que as pessoas se conectam pelo mundo, como eles compartilham informação; essa foi uma verdadeira revolução no mercado. Eu diria que isso, na verdade, começou um pouco mais cedo na última década, mas isso tem forçado toda marca a se ajustar, não apenas reagir, e tentar se antecipar, ler, e interpretar tendências antes que elas realmente fiquem grande.

Hoje, os consumidores estão interconectados.Tendências que surgem hoje em algum lugar do mundo pode ser espalhada em dias, horas, até minutos, para o resto do mundo. Antes disso tudo começar, nosso trabalho era um tanto fácil. Navegar entre mercados era limitado e um pouco lento. Então, nós podíamos construir marcas levemente diferentes em diferentes mercados, baseado nas necessidades desses mercados e no canal de distribuição. Hoje, as diferenças de como a sua marca é percebida e valorizada pelo consumidor são totalmente transpartente, o que força as marcas a construirem uma imagem consistente na mente dos consumidores de forma global, guiada pelos valores claros e os objetivos de marca.

Isso tudo tem um efeito diário na gente: que produtos oferecer e onde, que mensagens nós queremos passar(usando qual mídia), e como nós estimulamos a interação dois a dois entre nossos consumidores e a nossa marca. Isso atinge a abordagem do nosso marketing esportivo, influenciando que clubes, atletas e federações nós patrocinamos, o que antes era importante apenas local ou regionalmente, hoje tem apelo mundial. E não esquecer nosso foco nas causas sociais e nas questões do meio-ambiente, sendo socialmente e ecologicamente corrreto nunca foi tão grande.

Consumidores de hoje definem pessoalmente a maneira que eles percebem a nossa marca, e eles têm as ferramentas nas mãos pra compartilhar com o mundo. Facebook, Youtube, Twitter. Conectividade fácil disponível 24 horas por dia. Isso significa que parte do controle sobre a marca que você administra agora está nas mãos dos consumidores, e isso requer confiança pra deixar isso pra lá, confiar nos pontos fortes da marca e seu objetivo.

A partir das suas experiências, que aspectos você pode compartilhar que contribuem na construção de uma marca de sucesso?
O primeiro e mais importante elemento é definir os valores pelo qual a marca existe [objetivo] e definir limites pra que você faz e não faz com o nome dessa marca. Nós temos uma missão de marca clara, visão e valores. Autenticidade desempenha um papel vital aqui. Isso não é apenas um dos nossos valores, mas isso descreve como cada ação que fazemos se encaixa dentro da missão, visão e valores. Isso gera confiança e credibilidade com o consumidor e fornece a base para identificação com a marca, e isso nunca deve ser negligenciado!

Construção de marca acontece a cada encontro com o cliente [o famoso "momento (ou hora) da verdade"]. Isso não tem a ver apenas com o produto, com a campanha ou como nossas lojas se parecem. Vai muito além disso. Inclui o suporte que nós damos às lojas de varejo parceiras, preenchendo as necessidades deles, os serviços disponíveis para nossos atletas, a interação da nossa equipe de vendas a cada momento que o cliente passa pela porta, a mentalidade e motivação de cada funcionário em diferentes países, bem como nas sedes administrativas.

Entretanto, o core disso continua sendo o produto. Sem um produto de qualidade com um preço justo –seja para esportes ou uso urbano– uma marca não pode sustentar esse apelo. Cada produto precisa incorporar e respirar a marca.

Indo além, é um ponto-chave pra gente a maneira como nos comportamos com as questões sociais e ambientais. Nós nos esforçamos pra contribuir com ações pequenas ou grandes. Por exemplo, juntar crianças palestinas e israelenses para jogar basquetes, estimulando um estilo de vida mais saudável com eventos ao ar livre.



Os slogans

adidas is all In. (2011)

Impossible is Nothing. (2003)

I kiss football. (2001)

Want to play? (2000)

Feet you wear. (1998)

Performance shoes for runners. (1997)

Forever Sport. (década 90)

We’re running serious. (1985)

Spirit of the games. (1984)


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